A cranioplastia consiste na reconstrução craniana por motivos estéticos e de proteção do cérebro. Esta técnica é empregada quando há necessidade de se reconstruir o contorno do crânio do paciente, normalmente em decorrência de uma perda óssea associada a uma operação ou lesão prévia. A causa mais frequente da perda está relacionada aos traumatismos cranianos: uma eventual lesão no cérebro pode ocasionar seu inchaço, tornando necessária a remoção de parte do crânio pela equipe médica para que haja descompressão. Nesses casos, o fragmento ósseo costuma ser preservado no próprio abdome do paciente ou em um banco de ossos (quando há disponibilidade para isso), podendo também ser descartado quando o mesmo não tem condições de ser reutilizado (como, por exemplo, o risco aumentado de infecção).
A remoção de parte da chamada calota craniana também pode ser necessária quando há inchaço no cérebro em razão de um acidente vascular cerebral (AVC), quadro de infecção na calota craniana, normalmente decorrente de procedimentos neurocirúrgicos prévios, ou por tumores cerebrais que podem invadir o crânio e até mesmo tumores originários da calota craniana.
Esses procedimentos de remoção de um pedaço do crânio resultam em uma falha óssea, que precisa ser reconstruída. A reconstrução, por sua vez, pode ser realizada com o próprio osso extraído anteriormente ou com substâncias próprias para a composição de uma prótese que será colocada no local.
Principais indicações
A cranioplastia costuma ser realizada para proteger o cérebro, melhorar pressão cerebral e por consequência melhora da função neurológica, reduzir dores de cabeça decorrentes de cirurgias prévias e lesões, além de razões estéticas. Normalmente os médicos recorrem a este método nestas condições:
-Após a descompressão em razão de traumatismos cranianos graves
-Após a descompressão em razão de acidentes vasculares cerebrais
-Após a retirada da calota craniana em razão de uma infecção
-Após a retirada da calota craniana por invasão de tumores cerebrais
-Após a retirada da calota craniana por tumores originários da calota craniana
Como é realizado o procedimento?
O processo de moldagem da prótese varia, podendo ser realizado sob medida, com a utilização de softwares a partir de exames de tomografia em 3D. Nesse caso, a placa é fixada na falha óssea com mini-placas e mini-parafusos.
O próprio médico neurocirurgião também pode realizar a moldagem utilizando um cimento ósseo amolecido durante a cirurgia, quando a área a ser reconstruída é reduzida.
O paciente é submetido a uma anestesia geral. Após o procedimento, a alta ocorre em até dois ou três dias.
Existem riscos na cranioplastia?
Como em qualquer procedimento cirúrgico, há riscos associados a esta técnica, como infecção e hemorragia. Mas os materiais utilizados na prótese apresentam baixo risco de alergia e baixa interferência nos exames diagnósticos.
O Dr. Matheus de Quadros Ribeiro é um neurocirurgião membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. Agende uma consulta para ter o diagnóstico e o tratamento mais indicado no seu caso!