A medula espinhal cumpre a função de promover a comunicação entre o cérebro e o restante do corpo, por isso seu funcionamento é tão importante. Quando a medula é lesionada por um trauma ou tumor, o paciente pode perder movimentos e a sensibilidade do nível da lesão para baixo.
Um tumor medular costuma comprimir a medula espinhal ou suas estruturas circundantes, podendo comprometer a própria medula e suas raízes nervosas, dependendo de sua localização e ritmo de crescimento. Esta ocorrência pode se dar na forma de um tumor primário (que surge na própria medula) ou secundário (decorrente de um tumor situado em outra parte do corpo). Entre os sintomas desse tipo de câncer estão as dores de cabeça (quando localizados na região cervical alta), dores na coluna, dormência e perda de força em braços ou pernas. Embora a maioria dos casos de tumor primário da medula não seja fatal, há risco de incapacidade significativa ao paciente.
Principais indicações
O procedimento é voltado a pacientes acometidos por tumores medulares, porém esses mesmos tumores podem ser controlados apenas com o emprego de quimioterapia ou radioterapia em determinados casos. A decisão pela melhor medida terapêutica dependerá da avaliação do neurocirurgião.
Como é realizado o procedimento?
Os avanços tecnológicos e das técnicas de microcirurgia permitem que o neurocirurgião consiga acessar esses tipos de tumores e removê-los completamente quando há pouco risco de dano neurológico ao paciente, aliviando o quadro de pressão sobre a medula espinhal.
O procedimento é realizado com o objetivo de promover a ressecção total do tumor, evitando lesões ao tecido medular normal e consequente dano neurológico ao paciente. O neurocirurgião faz uma pequena incisão na pele para acessar a região onde o tumor está localizado.
Durante o procedimento microneurocirúrgico, o neurocirurgião pode atuar com o auxílio de um microscópio. Este aparelho aumenta em muitas vezes a área de ação, garantindo maior precisão aos movimentos, como também pode fazer uso de monitorização neurofisiológica intra-operatória com a finalidade identificar lesões no sistema nervoso durante cirurgias neurocirúrgicas e possibilitando muitas vezes a reversão da lesão e evitando possíveis sequelas.
Existem riscos na microcirurgia para tumor medular?
Como em qualquer intervenção cirúrgica, há riscos associados a esta técnica, pois a medula é uma estrutura neurológica muito delicada. A avaliação de um neurocirurgião experiente é fundamental para certificar a necessidade ou não deste procedimento.
O Dr. Matheus de Quadros Ribeiro é um neurocirurgião membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. Agende uma consulta para ter o diagnóstico e o tratamento mais indicado no seu caso!