Existe uma série de patologias que acometem a coluna vertebral e podem provocar o estreitamento do seu interior, onde estão localizadas a medula e as raízes nervosas. Muitas vezes esta condição está associada ao envelhecimento, mas pode decorrer também de tumores, deformidades e fragmentos de fratura, por exemplo. Dependendo do nível do estreitamento, há risco de haver uma compressão das estruturas neurológicas da coluna. Esse quadro potencialmente ocasiona dores e pode levar a alterações neurológicas significativas, como formigamento, redução da força muscular e dificuldade para caminhar.
Quando os tratamentos conservadores não alcançam os resultados desejados, a descompressão medular pode ser necessária para aliviar a pressão exercida sobre a medula espinhal. O êxito no procedimento preserva novamente os nervos, minimizando os sintomas do paciente.
As técnicas de descompressão variam e podem ser realizadas por via convencional, com o uso de dilatadores tubulares, ou por procedimentos minimamente invasivos.
Principais indicações
A descompressão medular, por definição, é indicada para quadros de compressão da medula espinhal, a exemplo das hérnias de disco, cistos sinoviais, estenose de canal medular, estenose foraminal e determinados tumores. O emprego desta técnica, no entanto, não cabe a todos os pacientes que apresentem esta condição. O neurocirurgião deverá avaliar as possibilidades do paciente e considerar tratamentos conservadores em alternativa à intervenção cirúrgica.
Como é realizado o procedimento?
As abordagens variam de acordo com a estrutura neurológica comprimida e a estrutura responsável pela compressão, incluindo técnicas minimamente invasivas. O procedimento é realizado com o paciente sob anestesia geral. O neurocirurgião realiza uma pequena incisão na região posterior da coluna, onde tem acesso para promover a resseção de parte da estrutura óssea necessária para a abertura do canal medular, permitindo a liberação das raízes nervosas.
Para ter maior precisão, o procedimento pode ser realizado com o auxílio de lupas, microscópios cirúrgicos ou de videoendoscopia.
Existem riscos na descompressão medular?
Como em qualquer intervenção cirúrgica, há riscos associados a esta técnica, pois a medula espinhal é uma estrutura neurológica muito delicada. A avaliação de um neurocirurgião experiente é fundamental para certificar a necessidade ou não deste procedimento, bem como o risco de o paciente permanecer sob a condição de uma compressão da medula espinhal.
O Dr. Matheus de Quadros Ribeiro é um neurocirurgião membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. Agende uma consulta para ter o diagnóstico e o tratamento mais indicado no seu caso!